Anvisa identifica dois casos suspeitos da variante ômicron em brasileiros

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, na tarde desta terça-feria, que serão enviadas para análise laboratorial confirmatória as amostras de dois brasileiros que, preliminarmente, apresentaram resultado laboratorial positivo para a variante ômicron do Sars-Cov-2, após testagem realizada pelo laboratório Albert Einstein.

Comitiva de empresários de Santa Catarina e São Paulo visita o Exército em Santa Maria

Um deles veio África do Sul e que desembarcou em Guarulhos no dia 23 de novembro. Ele teve resultado de RT-PCR negativo. Depois, o brasileiro se preparava para a viagem de regresso à África do Sul e procurou o laboratório localizado no aeroporto de Guarulhos.

Isso foi em 25 de novembro, já na companhia de sua esposa, para realizar o teste de RT-PCR requerido para o retorno. Naquele momento, ambos testaram positivo para a Covid-19, o que foi comunicado ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de São Paulo.

Diante dos resultados positivos, o laboratório Albert Einstein fez o sequenciamento genético das amostras. A Anvisa foi notificada sobre os resultados positivos dos testes e sobre o início dos procedimentos para sequenciamento genético nesta segunda-feria. Em análises prévias, foi identificada a variante Ômicron do Sars-Cov-2.

Servidores da prefeitura poderão Aderir o IPE Saúde a partir desta quarta-feira

De acordo com os protocolos nacionais, o material deve ser enviado ao Instituto Adolfo Lutz (IAL) para fins de confirmação do sequenciamento genético. A Anvisa também oficiou o Ministério da Saúde e as secretarias de Saúde estadual e municipal de São Paulo sobre a identificação para adoção das medidas de saúde pública pertinentes.

Diante da identificação e testagem com resultado positivo para Covid-19, a Rede CIEVS, ligada ao Ministério da Saúde, deve monitorar casos de acordo com o sistema de vigilância vigente no Brasil, para avaliação das condições de saúde e direcionamento dos indivíduos aos serviços de atenção à saúde, bem como para adoção das medidas de prevenção e controle da Covid-19.

A entrada do passageiro no Brasil foi antes da notificação mundial sobre a identificação da nova variante, que foi relatada pela primeira vez à Organização Mundial de Saúde (OMS) pela África do Sul no dia 24 de novembro. A chegada também foi anterior à edição da portaria interministerial que proibiu voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela África do Sul e que também suspendeu, em caráter temporário, a autorização de embarque para o Brasil de viajantes estrangeiros, procedentes ou com passagem, nos últimos 14 dias antes do embarque, por esse país.

A partir desta quarta, cartões vão estar disponíveis apenas na Secretaria de Desenvolvimento Social

A VARIANTE
Nesta terça-feira, a CDN falou com a médica infectologista Jane Costa. De acordo com a especialista, a preocupação referente às novas variantes do coronavírus se dá em virtude do que foi vivenciado durante a disseminação do HIV, que sua replicação viral mostrou aos pesquisadores o quanto os vírus podem se mutar.

- O que temos de indício é que ela tem uma transmissibilidade muito próxima ou talvez superior à Delta. Mas o que se sabe com certeza é a mesma coisa: manter o distanciamento social, usar de máscaras e higienizar as mãos. É o que precisamos fazer para nos manter seguros em relação à variante - afirma Jane.

RESTRIÇÕES
Estão proibidos voos de chegada no Brasil que tenham origem ou passagem por República da África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue.

De acordo com a portaria vigente, o viajante brasileiro procedente ou com passagem por África do Sul, Botsuana, Suazilândia, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, nos últimos 14 dias antes do embarque, ao ingressar no território brasileiro, deverá permanecer em quarentena, por 14 dias, na cidade do seu destino final.